Reunião Comitê de Investimentos

Reunião Comitê de Investimentos

Reunião do Comitê de Investimentos do Instituto de Previdência Municipal de Ubatuba – IPMU, realizada aos quinze dias do mês de abril de dois mil e dezenove, às dezesseis horas, na sala de reuniões da sede do IPMU, onde compareceram os membros, conforme Portaria IPMU nº 043/2018: Fernando Augusto Matsumoto, Flavio Bellard Gomes, Marcelo da Cruz Lima, Sirleide da Silva e Silvia Moraes Stefani Lima.

Aberta a reunião, os membros do Comitê de Investimentos analisaram o Relatório com Fechamento Financeiro de Março/2019, conforme processo IPMU/021/2019.

Além da análise do cenário macroeconômico internacional e doméstico, também verificou-se o o desempenho dos principais indicadores de renda fixa e renda variável no encerramento de março/2019 e nos primeiros dias do mês de abri/2019. Em março/2019 o mercado financeiro brasileiro teve um comportamento misto: a renda fixa rentabilizou levemente positivo enquanto a renda variável rentabilizou negativamente. Esses resultados realçam o cenário de volatilidade pela qual o mercado financeiro nacional vem passando.

Renda Fixa – Desempenho 2019

2019

IRFM 1 IRFM 1+ IRFM TOTAL IMA-B 5 IMA-B 5+ IMA-B TOTAL IMA GERAL IDKA2 CDI

Janeiro

0,580% 1,710% 1,388% 1,540% 6,611% 4,366% 1,908% 1,262%

0,543%

Fevereiro

0,466% 0,227% 0,293% 0,546% 0,550% 0,547% 0,444% 0,529%

0,494%

Março

0,472% 0,630% 0,587% 0,785% 0,432% 0,580% 0,542% 0,670%

0,469%

 
2019 1,526% 2,583% 2,282% 2,895% 7,660% 5,545% 2,917% 2,480%

1,510%

 

Renda Variável – Desempenho 2019

2019

Ibovespa IBRX-50 Imobiliário Small Caps

Dividendos

Janeiro

10,82% 10,44% 10,43% 9,41% 12,48%

Fevereiro

-1,86% -1,69% -5,70% -1,82% -2,03%
Março -0,18% -0,18% -3,53% 0,10%

-1,79%

Acumulado 8,56% 8,38% 0,45% 7,53%

8,23%

 

No Cenário Internacional, os principais bancos centrais do mundo reforçaram a mensagem de postura monetária mais acomodatícia à frente, visando mitigar a desaceleração da atividade global. O FOMC indicou, em sua reunião de março, que não pretende efetuar elevações adicionais da taxa de juros esse ano e que encerrará a redução do seu balanço de forma antecipada, já em setembro. Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu, com base em uma forte revisão baixista para a atividade da região nos próximos anos, confirmou a expectativa do mercado de que um eventual início da normalização ocorreria apenas em 2020 e que novos estímulos, na forma de empréstimos de longo prazo para bancos serão introduzidos. Apesar de esses e outros bancos centrais afirmarem que o risco de recessão ainda é baixo, o mês foi marcado pela forte queda de taxas de títulos ao redor do mundo. Seguimos avaliando que o cenário de estabilização da atividade global nos próximos meses é o mais provável. Quanto à guerra comercial entre os EUA e a China, apesar da expectativa de uma maior demora para se chegar a um acordo final, as negociações seguem avançando, com ambos os lados demonstrando uma forte vontade por uma resolução positiva.

No Brasil, a elevação dos ruídos políticos na segunda quinzena de março, levou à paralisação da tramitação da reforma da previdência, mesmo com o envio do projeto de previdência dos militares. Entretanto, ao final do mês, a nomeação do relator do projeto na Comissão de Comissão, Justiça e Cidadania (CCJC) confirmou a redução nestas tensões. Os analistas mantem a aprovação da reforma como cenário básico, mas a dificuldade de articulação política aumenta a probabilidade de atrasos adicionais em sua tramitação e aumenta a possibilidade de que as votações no plenário da Câmara ocorram apenas no segundo semestre. Em relação à política monetária, a nova composição do Copom manteve o tom cauteloso. Embora reconheçam a economia mais fraca do que o antecipado e a inflação em patamares confortáveis, o colegiado julga necessário avaliar o desempenho da economia após o esgotamento dos efeitos dos choques que a atingiram no ano passado e que este processo não será concluído no curto prazo.

Com relação a Carteira de Investimentos, o saldo das aplicações financeiras no encerramento do mês apresentou valorização em relação ao fechamento de fevereiro/2019, passando de R$ 355.615,756,90 (trezentos e cinqüenta e cinco milhões seiscentos e quinze mil setecentos e cinqüenta e seis reais e noventa centavos), para R$ 357.813,518,00 (trezentos e cinqüenta e sete milhões oitocentos e treze mil quinhentos e dezoito reais).

Meta Atuarial. A Carteira de Investimentos apresentou bom desempenho no fechamento do primeiro trimestre de 2019: 3,1726% meta atuarial e 3,561% patrimônio.

Enquadramento. Todos os fundos de investimentos estão enquadrados conforme Resolução CMN 3.922/2010, alterada pela Resolução CMN 4.604/2017 e Resolução CMN 4.695/2018, com a Política de Investimentos e com aderência quanto a rentabilidade e riscos/retorno.

Estratégia de Investimentos. O ano de 2019 segue desafiador para os Regimes Próprios de Previdência Social, que precisam ampliar as alocações em investimentos de maior risco e rentabilidade para compensar o recuo das taxas de juros. A tarefa será especialmente difícil porque as taxas dos títulos públicos, mesmos dos mais longos, já não acompanham as metas atuariais. O mercado foi positivo no consolidado do primeiro trimestre de 2019, mas o desempenho depende muito das reformas. Ainda é cedo para prever se o bom resultado vai permanecer ao longo de 2019. A carteira do IPMU apresenta “cautela” nas ações tomadas, cautela essa que pode ser compreendida através do percentual significativo em títulos públicos (tido pelo mercado como os mais seguros ao pensarmos em risco de crédito), e, por fundos compostos exclusivamente por títulos públicos, além do fato de a totalidade dos recursos estarem alocadas exclusivamente em Renda Fixa. Até o encerramento do período, a estratégia se mostrou ser eficaz, porém, ao olharmos para frente, conseguimos perceber uma Taxa Selic projetada para o final deste ano a 6,5 %a.a., o que reforça a busca por ativos de maior expectativa de ganho e risco, tanto no segmento de renda fixa quanto no segmento de renda variável. A ideia é buscar oportunidades num horizonte de longo prazo. Diante de tudo isto, o Comitê de Investimento entende que para toda e qualquer alteração e ajustes básicos na carteira, é de fundamental importância a sensibilidade do comportamento do fluxo atuarial (passivo) para ter a real ciência da necessidade de recursos ao longo do tempo, minimizando assim todo e qualquer desequilíbrio financeiro e atuarial. Considerando dados do mercado financeiro no encerramento de março/2019 e nos primeiros dias do mês de abril/2019, bem como as perspectivas para o curto prazo e médio prazo, foi aprovado:

1) Os recursos novos referentes a Contribuição Previdenciária, Comprev e Parcela da Dívida Previdenciária, devem ser direcionados para ativos indexados ao IMA-B, fundo Caixa FIC Brasil IMA-B Títulos Públicos Renda Fixa Longo Prazo (CNPJ 10.740.658/0001-93).

2-) Para pagamento da folha dos inativos, resgatar os recursos do fundo Santander IMA-B 5 Títulos Públicos Renda Fixa (CNPJ 13.455.17/0001-01), bem como para as despesas com a taxa de administração.

3) Análise dos fundos IMA-B 5+ na reunião a ser realizada no dia 29/04/2019 – 9h.

4-) Alocação Renda Variável. Continuidade de estudos buscando estratégias para diversificação da carteira, com o objetivo de uma melhor relação risco x retorno, principalmente com relação a meta atuarial no médio e longo prazo.

5) Análise de possível migração dos recursos alocados nos fundos BB Previdenciário Renda Fixa Alocação Ativa e Caixa FIC Brasil Gestão Ativa, considerando a alta concentração do Patrimônio do IPMU, em atendimento ao limites estabelecidos na Resolução CMN 3.922/2010, alterada pela Resolução CMN 4.604/2017 e Resolução CMN 4.695/2018.

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