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Reunião Comitê de Investimentos: 25/03/2025

Reunião do Comitê de Investimentos do Instituto de Previdência Municipal de Ubatuba – IPMU, realizada aos vinte e cinco dias do mês de março de dois mil e vinte e cinco, às dezesseis horas, na sala de reuniões da sede do IPMU, onde compareceram os membros: Fernando Augusto Matsumoto, Flavio Bellard Gomes, Lucas Gustavo Ferreira Castanho, Marcelo da Cruz Lima e Sirleide da Silva. Participaram também Luiz Alexandre de Oliveira (Controlador Interno) e Wellington Diniz (Gestor de Investimentos). Dando início a pauta, os membros do Comitê de Investimentos passaram à análise do Relatório Financeiro – fevereiro/2025, conforme documentos acostados nos processos IPMU/007/2025 (Balancetes das Receitas e Despesas_ 02), IPMU/015/2025 (DAIR Demonstrativo Financeiro_ 02), IPMU/019/2025 (Audesp Financeiro_ 01), IPMU/020/2025 (APR_ 02), IPMU/044/2025 (Fluxo de Caixa_ 02), IPMU/044/2025 (Relatório de Investimentos_ 02), IPMU/044/2025 (Relatório de Carteira de Investimentos_ 02) e IPMU/044/2025 (Relatório da Execução da Política de Investimentos. Análise conjuntural de mercado econômico, mercado financeiro e monitoramento das variáveis macroeconômicas. Avaliação mensal de risco de mercado da carteira de Investimentos. Análise de relatório gerencial de rentabilidade dos fundos de investimentos e acompanhamento da Política Anual de Investimentos. Informações dos acontecimentos políticos e econômicos e seus impactos na carteira de investimentos do IPMU. Visão de curto, médio e longo prazo. Balancete de Receita e Despesa que contém os dados atualizados da previsão e da execução orçamentária. Relatório de Execução Orçamentária com os fluxos de caixa das receitas e despesas para avaliação da situação financeira e orçamentária dos próximos meses. Carteira de Investimentos. A Carteira de Investimentos do IPMU obedece aos limites de aplicações estabelecidos na Política de Investimentos, com composição diversificada. Os investimentos estão diversificados buscando o melhor equilíbrio entre o risco x retorno, diante das grandes variáveis que interferem no retorno dos investimentos, face às mudanças na economia nacional e internacional. Visão de curto, médio e longo prazo para garantir os rendimentos necessários frente aos benefícios concedidos e a conceder. A composição da carteira de investimentos atende aos requisitos previstos em Lei e cumpre a Política Anual de Investimentos – PAI 2025. A carteira de investimentos está segregada entre os segmentos de renda fixa (R$ 510.831.340,80), renda variável (R$ 18.790.193,76) e alocação no investimento no exterior (R$ 33.174.263,38). As proporções demonstram uma carteira conservadora, em linha com o cenário econômico de volatilidade e as obrigações do Instituto. Resultado dos Investimentos no mês. O mês trouxe um resultado positivo para a carteira do IPMU (0,53%) inferior a meta atuarial (1,89%). Retorno da carteira de investimentos: R$ 2.975.539,03 (fevereiro/2025). Resultado dos Investimentos no ano. Resultado positivo para a carteira do IPMU (1,52%) mas inferior a meta atuarial (2,34%). Retorno da carteira de investimentos: R$ 8.462.242,96 (janeiro e fevereiro de2025). Carteira Consolidada: No encerramento do mês o total dos investimentos: R$ 562.795.797,94. Relatório de Risco. Os relatórios apresentados de riscos e correlações dos investimentos, apontam no mês: risco em renda fixa 0,204%; risco na renda variável 8,387% e risco na estratégia investimentos no exterior ficou em 6,318%. Totalizamos a carteira com risco total dos investimentos em 0,427%, permanecendo dentro dos limites impostos pela nossa Política de Investimentos em vigor no ano de 2025. Fundos com cota negativa. Os fundos de investimentos (BB Retorno Total FIC Ações / Caixa FI Ações Small Cap Ativos) continuam em situação de cota negativa (relação entre a cota do momento de sua compra pelo IPMU e o seu valor atual). Os membros do Comitê de Investimentos presentes deliberaram pela continuidade do acompanhamento dos fundos que ainda apresentem cotas negativas, visando uma possível mudança no futuro. Fundo/Aplicações encerradas. No mês não ocorreu encerramento de fundos de investimentos ou aplicação em novo fundo de investimentos. Ato contínuo, os membros do Comitê de Investimentos passaram a análise fundos de investimentos conforme Processo IPMU/059/2025. Relatórios dos principais gestores que encaminharam para o IPMU suas perspectivas do mercado financeiro, de forma a comparar com a visão do IPMU para 2025. Os gestores utilizaram, em suas análises, como principais variáveis as seguintes: Análise de mercados de renda fixa, Análise de mercados de renda variável, Câmbio, Crescimento do PIB, Dívida pública, Inflação (níveis e expectativas), Mercado de trabalho, Perspectivas, Política fiscal, Política monetária (taxas de juros e bancos centrais), Recomendações de investimentos e Visão geral da economia brasileira e mundial para 2025. Percepções Preliminares: Análise de mercados de renda fixa: Taxas de juros elevadas no Brasil e globalmente, Análise de mercados de renda variável: Cenário incerto e volátil, com necessidade de seletividade. Câmbio: Real deve permanecer volátil. Crescimento do PIB: Expectativa de desaceleração no Brasil. Dívida pública: Problema crescente globalmente, elevando riscos. Inflação (níveis e expectativas): Persistente acima da meta no Brasil; elevada globalmente. Mercado de trabalho: Normalização gradual nos EUA, ainda apertado. Perspectivas da Caixa Asset: Crescimento moderado e inflação pressionada globalmente; PIB brasileiro mais lento e Selic alta. Perspectivas do BTG Pactual: Atividade global resiliente, preocupação com inflação e expectativas no Brasil. Perspectivas do Santander: Inflação global elevada, política monetária restritiva necessária no Brasil. Perspectivas do Sicredi: Divergência monetária global, FED com cortes graduais, preocupação com dívida pública. Política fiscal: Fator de influência na inflação brasileira, requer acompanhamento. Política monetária (taxas de juros e bancos centrais): Divergência global; FED deve manter taxas estáveis com possível corte gradual; Selic brasileira deve permanecer elevada. Recomendações de investimentos: Diversificação e foco em fundos variados (multimercado, inflação, CDI, crédito privado, global, ações). Visão geral da economia brasileira e mundial para 2025: Crescimento global moderado com inflação ainda pressionada; Brasil com crescimento mais lento e inflação acima da meta. Conclusão: Conforme já pontuado pelo Comitê de Investimentos desde o início do ano, o cenário tanto externo quanto interno, não apresentam uma tendência clara, tanto favorável quanto desfavorável à carteira do IPMU, o que eleva a incerteza. Existem elementos que apontam para a valorização dos ativos, como a perspectiva de resiliência da economia global, a desaceleração no Brasil (a previsão poderia ser recessiva). A taxa de juros que acompanha este cenário tende a elevar o ganho dos ativos atrelados ao DI e à SELIC, elevar a volatilidade dos ativos pré-fixados, e aumentar a volatilidade dos ativos de renda variável. Assim os fatores desfavoráveis à carteira podem ser diversificados pela exposição aos ativos de menor risco. Caso a economia local mostre sinais de recuperação, com reflexo nos preços das ações, seria oportuno ter estratégias de ingresso, que determinem a quantidade e a periodicidade de eventuais aportes, bem como a definição de limites de stop loss e stop gain. Fundos de Investimentos para análise: Retorno anual de 2023 até 2025 (diária),  Risco X Retorno de 31/05/2023 até 28/02/2025 (diária),  Volatilidade mensal anualizada de Jun/2023 a Fev/2025 (mensal),  Distribuição do retorno efetivo de 31/05/2023 até 28/02/2025 (diária),  Janela móvel de retorno efetivo para 21 dias de 31/05/2023 a 28/02/2025 (diária)Ato contínuo, os membros do Comitê de Investimentos são informados das movimentações realizada no mês e passam para as Deliberações de Investimentos no curto prazo. Com percentuais significativos em ativos alocados em renda fixa, os RPPSs continuam a acompanhar outros mercados mais de perto (crédito privado, fundos de investimento imobiliário, ações, investimentos no exterior). Acompanham os diversos tipos de ativos, para ouvir o mercado e fazer um melhor balanceamento da carteira com outras classes, mesmo com movimento contido em 2025. O momento ainda é de cautela com juros ainda atrativos. Com base nos dados técnicos, análises financeiras, dados atualizados dos fluxos de caixas e dos investimentos com visão de curto, médio e longo prazo, foram aprovadas por unanimidade as estratégias de investimentos na busca de reduzir a volatilidade da Carteira de Investimento. Considerando o Relatório Mensal de Investimentos, acompanhamento das rentabilidades e dos riscos das diversas modalidades de operações realizadas, aderência das alocações dos recursos e processos decisórios de investimentos à Política de Investimentos, o Comitê de Investimentos do IPMU opina favoravelmente aos ajustes pontuais para diversificação dos investimentos e a manutenção da estratégia de investimentos, em alocação em fundos de baixa volatilidade, tendo em vista a adequabilidade das rentabilidades e dos riscos à Política de Investimentos. 1-) Banco Santander 150-8: Fundo Santander Renda Fixa Títulos Públicos, utilizar para cobertura da folha de pagamento dos aposentados e pensionistas. 2-) Renda variável: acompanhamento do mercado e da carteira de investimentos, movimentos de resgate neste momento poderão realizar contabilmente o prejuízo. 3-) Renda Variável Exterior: análise das aplicações para possível resgate. 4-) Fundos de Vértices: análise de alocação nos fundos de vértices 2026, 2027 e 2028. 5-) Manutenção das demais aplicações.