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Reunião Comitê de Investimentos 24/01/2024

Reunião do Comitê de Investimentos do Instituto de Previdência Municipal de Ubatuba – IPMU, realizada aos vinte e quatro dias do mês de janeiro de dois mil e vinte e quatro, às nove horas, na sala de reuniões da sede do IPMU, onde compareceram os membros: Fernando Augusto Matsumoto, Flavio Bellard Gomes, Lucas Gustavo Ferreira Castanho, Marcelo da Cruz Lima e Sirleide da Silva. Participaram também Luiz Alexandre de Oliveira, Controle Interno e Wellington Diniz, Gestor de Investimentos. Aberta a reunião, os membros do Comitê de Investimentos passaram a análise do Relatório Financeiro – dezembro/2023, conforme documentos acostados no processo IPMU/185/2023. Análise conjuntural de mercado econômico, mercado financeiro e monitoramento das variáveis macroeconômicas. Avaliação mensal de risco de mercado da carteira de Investimentos. Análise de relatório gerencial de rentabilidade dos fundos de investimentos e acompanhamento da Política Anual de Investimentos. Informações dos acontecimentos políticos e econômicos e seus impactos na carteira de investimentos do IPMU. Visão de curto, médio e longo prazo. Balancete de Receita e Despesa que contém os dados atualizados da previsão e da execução orçamentária. Relatório de Execução Orçamentária com os fluxos de caixa das receitas e despesas para avaliação da situação financeira e orçamentária dos próximos meses. MERCADO FINANCEIRO. O ano de 2023 pode ser caracterizado, globalmente, como o de retomada do controle da inflação pelos principais bancos centrais. As taxas de inflação estão de volta ao centro das metas, ainda que persista o desafio de um retorno pleno aos objetivos perseguidos. A situação emergencial passou e os bancos centrais indicam o desejo de remover o aperto extraordinário realizado, trazendo suas taxas de juros para níveis menos restritivos. No cenário global os destaques de dezembro foram as decisões de política monetária dos principais bancos centrais, que mantiveram suas taxas de política monetária estáveis no mês, diante de um cenário de desaceleração mais clara da atividade e da inflação. No front geopolítico, no mês deu-se o fim do cessar-fogo entre Israel e Hamas e a incursão de rebeldes do Iêmen no conflito. Em meio as tensões das negociações sobre os reféns, o conflito se mostra longe de ter um fim, passados mais de 2 meses de seu início. Já a guerra entre Rússia e Ucrânia, completou 22 meses, continuando sem perspectivas de novas negociações diplomáticas. A inflação global continuou a apresentar uma trajetória benigna. Diversos países, com destaque para os desenvolvidos, divulgaram quedas de inflação mais fortes do que o esperado por seus bancos centrais. O FED revisou suas projeções de forma relevante, indicou três cortes na taxa básica ao longo de 2024 e reforçou a perspectiva de um cenário positivo para a economia americana (juros básicos estáveis no intervalo 5,25% a 5,50% ao ano). No mês de dezembro o BCE (Banco Central Europeu) decidiu manter suas três taxas de juros referenciais estáveis. No comunicado, a autoridade monetária reconheceu que a inflação recuou nos últimos meses, mas que deverá se elevar temporariamente em breve. Na avaliação sobre o cenário, foi ressaltado que a inflação de núcleos perdeu força, mas que as pressões de preços domésticas seguem elevadas devido ao forte crescimento do custo unitário do trabalho, embora o Conselho do BCE considera que as taxas de juros diretoras atingiram os níveis que, se forem mantidos durante um período suficientemente longo, darão uma contribuição substancial para o retorno da inflação ao objetivo. A produção industrial na China acelerou de 4,6% para 6,6% em novembro, vindo acima do consenso de mercado (5,6%). O varejo na China avançou de 7,6% para 10,1% em novembro, número abaixo das estimativas do mercado (12,5%). No front de política monetária, o PBoC informou a manutenção da taxa de referência para empréstimos de 1 ano em 3,45%, e de 5 anos, em 4,20%. No Brasil, o IPCA avançou +0,56% em dezembro, acelerando em relação ao observado no mês anterior +0,28% e registrando a maior variação mensal dos últimos 8 meses. Com isso, o índice acumulou alta de +4,62% em 12 meses. Com relação a Política Monetária, na reunião de dez/23 o COPOM decidiu pela redução da taxa de juros de 12,25% para 11,75% a.a. Como justificativa para a decisão, destaque para uma avaliação mais amena sobre os riscos externos e a interpretação de que os dados da atividade econômica doméstica seguem em linha com a expectativa de desaceleração. A sinalização para as próximas decisões, foi de manutenção do ritmo de cortes (-0.5 pp). Apesar disso, ressaltou que há relevantes incertezas em relação ao cenário externo e à condução da política fiscal e que será necessário manter uma política contracionista ao longo do horizonte relevante, até que se consolide a convergência da inflação e das expectativas para as metas. APLICAÇÕES FINANCEIRAS. Em dezembro, o cenário global seguiu com uma trajetória de inflação que continuou corroborando com o movimento de relaxamento das condições financeiras. Nos Estados Unidos, durante o mês o destaque ficou para o FED, que apesar de não ter surpreendido o mercado com a manutenção da taxa de juros, promoveu uma revisão de suas projeções e ajustou o tom do comunicado, sugerindo que a discussões sobre o início dos cortes de juros já poderiam estar ocorrendo. Como resultado, o mercado precificou uma antecipação do início do ciclo, promovendo um movimento de tomada de risco. Na Europa apesar da atividade econômica seguir fraca, o Banco Central Europeu manteve uma postura mais cautelosa. A China segue com dados de atividade mostrando fraqueza na economia, podendo sinalizar que o processo de desaceleração pode ser mais estrutural. No Brasil, a agenda legislativa apresentou uma evolução com aprovação da parte constitucional da reforma tributária e da subvenção do ICMS, que era uma das medidas arrecadatórias mais importantes da Fazenda, para fazer frente a meta de zerar o déficit em 2024.  Com relação a política monetária, o Banco Central decidiu por  apostar numa postura mais cautelosa mantendo o ritmo dos cortes em 50 bps para as próximas reuniões. Dado o cenário mais benigno, tanto externo como doméstico, as curvas de juros nominal (prefixados), real (índice de preços) e implícita fecharam. Todo os subíndices da ANBIMA apresentaram performance superior ao CDI no mês. Em dezembro, o Ibovespa teve valorização de 5,38%, fechando aos 134.185 pontos. No acumulado do ano, a performance foi de 22,28%, melhor desempenho anual desde 2019. O resultado do mês é explicado pelo incremento do apetite ao risco e a melhora nos fatores de riscos externos e internos. No ano, os analistas entendem que o principal fator favorável no cenário externo foi a decisão recente de política monetária nos EUA, que provavelmente encerrou seu ciclo de alta. No doméstico é que os investidores aumentaram a alocação em ativos de risco em função do arrefecimento em dados de atividade e inflação que, em conjunto com aprovação de reformas estruturais importantes, corroboraram a performance favorável do índice de ações brasileiro no período. O ano foi marcado pela forte recuperação dos ativos a partir de maio/2023. Mesmo com a alta volatilidade entre janeiro e abril, os ativos de melhor qualidade tiveram uma forte recuperação. O final de 2023 foi marcado por relevante apetite de risco dos investidores locais e estrangeiros. Como resultado, houve bom desempenho dos ativos brasileiros. CARTEIRA DE INVESTIMENTOS. No encerramento do período, o IPMU buscou manter a estratégia mais conservadora dentro do segmento de renda fixa, diminuindo a exposição em índices de maior volatilidade, destinando os recursos para fundos e ativos de baixa volatilidade e baixo risco de crédito, como fundos CDI. A composição da carteira de investimentos atende aos requisitos previstos em Lei e cumpre a Política Anual de Investimentos – PAI, elaborada pelos membros do Comitê de Investimentos, aprovada pelos membros do Conselho de Administração e ratificada pelos membros do Conselho Fiscal. A carteira de investimentos está segregada entre os segmentos de renda fixa (88,11%), renda variável (4,67%), alocação no investimento no exterior (6,50%) e fundos estruturados/multimercado (0,72%). As proporções demonstram uma carteira conservadora, em linha com o cenário econômico de volatilidade e as obrigações do Instituto. Os investimentos continuam com uma sequência positiva e no mês, a carteira de investimentos fechou positiva em 1,34%, percentual superior a meta atuarial de 0,95%. Observa-se que as estratégias adotadas no Plano de Ação na gestão dos recursos financeiros (grande concentração em fundos de investimentos de curto prazo em especial em fundos DI) conseguiram ter retorno positivo no período em análise (13,206%), com a superação da meta atuarial (8,98%) e com o retorno positivo dos investimentos (R$ 58.539.771,21) que superaram o retorno dos anos de 2020 (R$ 25.200.577,43), 2021 (R$ 1.495.070,98) e 2022 (R$ 25.114.505,28). Com relação ao enquadramento, no período em análise, as aplicações financeiras estavam totalmente enquadradas nos limites segmentares determinados na Resolução CMN n. 4.963/2021, bem como os determinados na Política de Investimentos. A posição do patrimônio dentre os ativos mostra a diversificação dos investimentos 15 fundos e 01 carteira de títulos públicos 2024. RELATÓRIO DE RISCO. Os relatórios apresentados de riscos e correlações dos investimentos, apontam no mês: risco em renda fixa 0,116%, resultado inferior ao mês anterior (0,929%); renda variável 6,906% resultado inferior ao mês anterior (11,774%); risco na estratégia “investimentos no exterior” ficou em 4,000% resultado inferior ao apresentado no mês anterior (6,379%) e estratégia de fundos estruturados apresentou 6,041% resultado inferior ao mês anterior (7,510%). Totalizamos a carteira com risco total dos investimentos em 0,432%, resultado inferior ao mês anterior (1,737%), permanecendo dentro dos limites impostos pela nossa Política de Investimentos em vigor no ano de 2023. Acompanhamento de fundos que apresentam cota negativa. Os fundos de investimentos classificados no artigo 8º I (BB Retorno total FIC Ações / Caixa FI Ações Small Cap Ativos) e artigo 9º II (Caixa Multigestor Global Equities Investimento no Exterior FIC Multimercado / Santander Global Equities Dólar Master Investimento no Exterior FIC Multimercado) continuam em situação de cota negativa (relação entre a cota do momento de sua compra pelo IPMU e o seu valor atual). Ato contínuo, os membros do Comitê de Investimentos analisaram os seguintes relatórios: IPMU/028/2022 (Caixa FIC Capital Protegido Bolsa de Valores I – CNPJ 44.683.343/0001-73), IPMU/015/2023 (CADPREV DAIR 12), IPMU/088/2023 (Relatório de Diligência e Acompanhamento 4º Trimestre), IPMU/157/2023 (APR – Aplicação e Resgate 12), IPMU/185/2023 (Fluxo de Caixa dos Investimentos – Projeção Orçamentária 12) e IPMU/196/2023 (Relatório Anual de Investimentos). Todos os relatórios serão encaminhados aos membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal. DELIBERAÇÃO DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS. Com base nos dados técnicos, análises financeiras, dados atualizados dos fluxos de caixas e dos investimentos com visão de curto, médio e longo prazo, foram aprovadas por unanimidade as estratégias de investimentos na busca de reduzir a volatilidade da Carteira de Investimento. Considerando o Relatório Mensal de Investimentos, acompanhamento das rentabilidades e dos riscos das diversas modalidades de operações realizadas, aderência das alocações dos recursos e processos decisórios de investimentos à Política de Investimentos, o Comitê de Investimentos do IPMU opina favoravelmente à manutenção da estratégia de investimentos, tendo em vista a adequabilidade das rentabilidades e dos riscos à Política de Investimentos. O cenário econômico ainda volátil demonstra a necessidade de manter os investimentos com baixa volatilidade. 1) Banco Santander 150-8: Fundo Santander Renda Fixa Títulos Públicos, utilizar para cobertura da folha de pagamento dos aposentados e pensionistas. 2) Investimentos no Exterior: acompanhamento do mercado e da carteira de investimentos, movimentos de resgate neste momento poderão realizar contabilmente o prejuízo. 3) Renda Variável: acompanhamento do mercado e da carteira de investimentos, movimentos de resgate neste momento poderão realizar contabilmente o prejuízo. 4) Fundos Referenciado DI: aplicação das receitas com compensação previdenciária, contribuição previdenciária e juros semestrais da carteira de títulos públicos. 5) Caixa Econômica Federal: transferência do valor do fundo Caixa FIC Capital Protegido Bolsa de Valores I – CNPJ 44.683.343/0001-73, considerando o vencimento e aplicação no fundo DI da instituição. 6) Manutenção das demais aplicações até a próxima reunião. Ato contínuo os membros do Comitê de Investimentos são informados: Curso de Capacitação: participação na 6ª edição do Congresso Brasileiro Investimentos dos RPPS que será realizado entre os dias 06 a 08 de março de 2024, em Florianópolis/SC. Espaço para adquirir conhecimentos sobre investimentos para RPPS, conhecer detalhadamente as alterações na Legislação e interagir com Gestores de RPPS, Gestores Municipais, Membros dos Tribunais de Contas, Contadores, Atuários, Secretários de Finanças e de Administração e os Especialistas em Investimentos mais renomados do Brasil. Certificação Institucional: prazo de realização da prova de certificação do responsável pela gestão dos recursos e membros do comitê de investimentos – nível intermediário até o dia 15/03/2024.