Campanha Setembro Amarelo

Campanha Setembro Amarelo

Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. … A ideia é promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio e divulgar o tema alertando a população sobre a importância de sua discussão. Durante o mês da campanha, costuma-se iluminar locais públicos com a cor amarela.

Iniciado no Brasil pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina)e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), o Setembro Amarelo realizou as primeiras atividades em 2015 concentradas em Brasília.

A Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) estimula a divulgação da causa em todo o mundo no dia 10 de setembro, que é a data na qual é comemorada como o Dia Internacional de Prevenção ao Suicídio.

 

Objetivos do Setembro Amarelo

O principal objetivo da campanha Setembro Amarelo é a conscientização sobre a prevenção do suicídio, buscando alertar a população a respeito da realidade da prática no Brasil e em todo o mundo. Para o Setembro Amarelo, a melhor forma de se evitar um suicídio é através de diálogos e discussões que abordem o problema.

Durante todo o mês de setembro, ações são realizadas a fim de sensibilizar a população e os profissionais da área para os sintomas desse problema e para a saúde mental, fazendo-os entender que isso também é uma questão de saúde pública.

Infelizmente para muitos, o suicídio ainda não é visto como um problema de saúde pública, mas sim uma espécie de fraqueza de conduta ou personalidade.

Parecido com o que acontece com o Outubro Rosa e o Novembro Azul, durante o Setembro Amarelo, com o intuito de divulgar a campanha, muitos pontos famosos das cidades ganham a cor que leva o nome através de luzes, como o Cristo Redentor, o Congresso NacionalPalácio Campo das Princesas, entre outros.

Além das ações feitas em monumentos famosos, também são realizadas caminhadas, passeios ciclísticos e motociclísticos; além de abordagens em locais públicos, onde voluntários distribuem folhetos e falam sobre a importância da prevenção ao suicídio.

Como apoiar quem sofre ou como buscar ajuda?

O Centro de Valorização da Vida (CVV), é uma organização não governamental fundada em 1 de março de 1962 que busca valorizar a vida e prevenir o suicídio através de apoio emocional, atendendo de maneira voluntária e gratuita, qualquer pessoa que precise conversar sobre como se sente, sob total sigilo. As conversas podem ser feitas através de telefone, e-mail, chat online e voip via Skype. Esse serviço está disponível 24 horas por dia durante toda a semana.

 Importância do Setembro Amarelo

Muitas vezes a discussão sobre o tema é deixada para “depois”, como se existisse uma espécie de tabu sobre o assunto. É ignorada pela maioria das pessoas a dimensão do problema e a quantidade de pessoas que ele atinge. Infelizmente, tirar a própria vida tem se tornado um mal cada vez mais comum e os dados da OMS citados acima provam que a depressão, assim como os demais problemas que incitam o suicídio são sim um problema de saúde pública.

Existem alguns sinais de alerta que podem salvar a vida de quem você ama:

  • Reconheça os padrões de pensamento suicidas. Normalmente, quem pretende tirar a própria vida apresenta os seguintes padrões: elas remoem pensamentos obsessivamente e não conseguem parar, se sentem extremamente sem esperança, vêem a vida como algo sem significado e, normalmente, descrevem uma sensação de nevoa nos pensamentos que dificulta a concentração;
  • Reconheça as emoções suicidas. Elas podem se manifestar em alterações extremas de humor,
  • Excesso de raiva ou sentimento de vingança, ansiedade, irritabilidade e sentimentos intensos de culpa ou vergonha. Pessoas com tendência suicida normalmente se sentem um fardo para os outros e acreditam que estão sozinhas mesmo quando estão perto de outras pessoas;
  • Reconheça avisos verbais. Quando alguém começar a falar muito sobre morte, preste atenção.
  • Algumas frases são frequentes: “a vida não vale a pena”, “não vou mais ficar triste porque não vou estar mais aqui”, “você vai sentir minha falta quando eu for” ou “ninguém vai sentir minha falta se eu morrer”, “não aguento a dor, não consigo lidar com isso”, “estou tão sozinho que queria morrer”, “não se preocupe, eu não vou estar por aqui para ver o que vai acontecer”, “não vou te atrapalhar mais”, ou “queria não ter nascido”;
  • Fique de olho na melhora súbita. Muitas vezes, o maior potencial para o suicídio não é o fundo do poço, mas a súbita sensação de melhora. Isso pode indicar que a pessoa aceitou a decisão de encerrar a própria vida e está aliviada por ter um plano. Então, se uma pessoa depressiva e com grandes tendências suicidas melhorar de uma vez, é melhor tomar providencias imediatas;
  • Reconheça mudanças de comportamento. Quando você sentir que a pessoa está querendo fechar pontas soltas, doar seus pertences, fazer arranjos financeiros ou visitar vários entes queridos de uma só vez, é hora de intervir;
  • Reconheça comportamentos irresponsáveis e perigosos como o uso excessivo de drogas (legais ou ilegais), direção imprudente e sexo desprotegido com vários parceiros;
  • Procure por ferramentas possíveis para o suicídio. Por exemplo: se a pessoa comprou uma arma ou remédios sem motivo aparente, é hora de pedir ajuda;
  • Perceba mudanças extremas na rotina, repare se a pessoa parou de frequentar, sem motivo aparente, eventos e lugares que sempre gostou de visitar. Quando alguém para de praticar atividades que, até então, lhe davam prazer, é um grande sinal de alerta;
  • Preste atenção na energia: pessoas depressivas ou suicidas normalmente têm pouca energia para tarefas básicas, têm dificuldade de tomar decisões e, por exemplo, falta de vontade de se relacionar sexualmente;
  • Não ignore fatores de risco: morte de um ente querido, perda de emprego, bullying e separações traumáticas podem afetar e intensificar desejos suicidas. Um histórico de abuso físico ou sexual também pode servir de gatilho, assim como tentativas prévias de suicídio.

 

Devemos também prestar atenção a certos mitos sobre suicídio, por exemplo.

  • Não se deve falar de suicídio.
  • Suicidas não procuram ajuda.
  • Quem ameaça não faz.
  • Sobreviventes de suicídio estão a salvo.
  • Não há como impedir.
  • Quem se suicida é fraco.
  • Quem planeja se matar quer se matar.
  • Melhora de humor significa desistência de suicídio.

 

Conversar com alguém que tenha tendências suicidas pode parecer complicado mas, para saber o que dizer e como agir, basta ter paciência e escolher o tom certo.

Quando alguém estiver exibindo sinais de risco, é fundamental falar de forma carinhosa e sem julgamentos. Escute com paciência, não julgue, não diga que a pessoa está fazendo drama ou exagerando, e nem fale que ela precisa ser mais forte.

Não diga que ela deve se sentir com sorte pela vida que tem, e nem a faça se sentir envergonhada ou menor pelos seus pensamentos suicidas.

Ao dizer esse tipo de coisa, você vai piorar a situação e fazê-la se sentir ainda mais determinada em tirar a própria vida.

Ninguém mergulha nesse sentimento horrível por escolha própria, ninguém quer se sentir assim e ninguém deseja continuar nesse estado.

Por isso, você precisa compreender e conversar sobre isso!

Uma recomendação é ser direta e perguntar se a pessoa planeja algo ou pretende tirar a própria vida. Você vai sentir na resposta os sinais de alerta e, então, deve ligar para a emergência se souber que a pessoa já elaborou planos e precisa de ajuda imediata.

Mas não espere a pessoa dizer que quer se matar para buscar ajuda.

Muitas vezes, a pessoa com tendências suicidas não conta seus planos ou compartilha seus pensamentos. Por isso, se algum conhecido está exibindo os sinais de alerta acima, procure ajuda.

    

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