O Instituto de Previdência Municipal de Ubatuba – IPMU abraça diversas campanhas do mês de “setembro” ligadas à promoção da saúde De janeiro a dezembro, as campanhas de conscientização colorem o calendário da s a ú d e com causas defendidas por entidades e organizações não governamentais.
O calendário colorido da saúde surgiu com o objetivo de conscientizar a população sobre o perigo de algumas doenças e incentivar a prevenção e o tratamento dessas enfermidades. Não existe, porém, um calendário oficial estabelecido sobre a cor de cada mês. O mais importante para que uma cor seja realmente adotada é a divulgação. Ou seja, quanto maior for a divulgação, maior a chance de a cor ficar fixada na mente das pessoas.
Todas essas campanhas mensais servem de alerta tanto para prevenção das doenças, quanto para abertura de debates sobre elas, conscientização e educação do público e troca de experiência entre as pessoas. Ou seja, reflete no cuidado com a saúde no dia-a-dia da população. De um tempo para cá, elas têm se tornado muito importantes, principalmente quando se trata da prevenção. Elas servem para alertar tanto os profissionais de saúde quanto a população.
Setembro Amarelo: luta pela vida
O amarelo do mês nove é direcionado para fortalecer campanhas de prevenção e redução dos casos de suicídio. Setembro Amarelo surgiu em 2015 por meio de três importantes entidades brasileiras: Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Desde então, é realizado anualmente em todo o país com ações em ambientes públicos e privados a fim de mobilizar o máximo de pessoas possível sobre a causa.
O principal objetivo do setembro amarelo é conscientizar a população sobre a prevenção ao suicídio, levando em conta todos os dados e informações significativas do Brasil e do mundo. Dessa forma, geralmente as estratégias adotadas são por meios de ações que contém conversas e diálogos, para que possam falar sobre o tema. Infelizmente, o suicídio ainda não é visto como um problema de saúde pública, mas é!
Para quem ainda não está contextualizado, o suicídio é o ato de tirar a própria vida e essa prática pode ser gerada e motivada por alguns fatores e comportamentos, como por exemplo:
- depressão;
- pensamentos suicidas;
- planos e tentativas de morte;
- entre tantos outros transtornos relacionados a este problema.
Ou seja, suicídio não é frescura e também não é fraqueza. Por isso, essas ações são realizadas, para sensibilizar não só a população, mas também os profissionais que lidam com a saúde mental para tratar sobre esse tema tão importante.
O suicídio pode estar presente na vida de qualquer pessoa, seja por transtornos psicológicos, problemas no trabalho, ou problemas da vida, por isso, é muito importante tratar sobre este
assunto. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a cada 40 segundos uma pessoa tira a sua própria vida e, ou seja, são mais de 800 mil pessoas cometendo suicídio por ano. De acordo com o Centro de Valorização da Vida (CVV), relatou que a maioria das pessoas que tentam ou tiram a própria vida possuem um transtorno mental, como por exemplo, esquizofrenia, dependência química, transtorno de bipolaridade e depressão.
No entanto, não se pode afirmar que as pessoas só cometem suicídio por ter um transtorno, pois outros fatores podem levar uma pessoa a tirar a própria vida:
- términos de relacionamentos;
- pessoas com muitas dívidas;
- pessoas que sofrem algum tipo de discriminação;
- insatisfação com o emprego e com a vida;
- entre outros.
Para os especialistas, quando conseguimos entender que o suicídio pode afetar qualquer pessoa a nossa volta, conseguiremos compreender não só a importância do “Setembro Amarelo”, mas também a importância de quebrar barreirar a falar mesmo sobre o assunto. Além disso, conhecendo os sintomas, as causas e possíveis formas de acontecer, o suicídio pode ser evitado. Existem alguns sinais de alerta que podem salvar a vida de quem você ama, de acordo com os especialistas:
Algumas frases são frequentes:
- “a vida não vale a pena”,
- “não vou mais ficar triste porque não vou estar mais aqui”,
- “você vai sentir minha falta quando eu for” ou “ninguém vai sentir minha falta se eu morrer”,
- “não aguento a dor, não consigo lidar com isso”, “estou tão sozinho que queria morrer”,
- “não se preocupe, eu não vou estar por aqui para ver o que vai acontecer”,
- “não vou te atrapalhar mais”, ou “queria não ter nascido”
Excesso de raiva ou sentimento de vingança, ansiedade, irritabilidade e sentimentos intensos de culpa ou vergonha. Pessoas com tendência suicida normalmente se sentem um fardo para os outros e acreditam que estão sozinhas mesmo quando estão perto de outras pessoas Fique de olho na melhora súbita. Muitas vezes, o maior potencial para o suicídio não é o fundo do poço, mas a súbita sensação de melhora.
Isso pode indicar que a pessoa aceitou a decisão de encerrar a própria vida e está aliviada por ter um plano. Então, se uma pessoa depressiva e com grandes tendências suicidas melhorar de uma vez, é melhor tomar providencias imediatas Não ignore fatores de risco: morte de um ente querido, perda de emprego, bullying e separações traumáticas podem afetar e intensificar desejos suicidas. Um histórico de abuso físico ou sexual também pode servir de gatilho, assim como tentativas prévias de suicídio
Perceba mudanças extremas na rotina, repare se a pessoa parou de frequentar, sem motivo aparente, eventos e lugares que sempre gostou de visitar. Quando alguém para de praticar atividades que, até então, lhe davam prazer, é um grande sinal de alerta Preste atenção na energia: pessoas depressivas ou suicidas normalmente têm pouca energia para tarefas básicas, têm dificuldade de tomar decisões e, por exemplo, falta de vontade de se relacionar sexualmente Procure por ferramentas possíveis para o suicídio.
Por exemplo: se a pessoa comprou uma arma ou remédios sem motivo aparente, é hora de pedir ajuda Reconheça as emoções suicidas. Elas podem se manifestar em alterações extremas de humor Reconheça avisos verbais. Quando alguém começar a falar muito sobre morte, preste atenção. Reconheça comportamentos irresponsáveis e perigosos como o uso excessivo de drogas (legais ou ilegais), direção imprudente e sexo desprotegido com vários parceiros;
Reconheça mudanças de comportamento. Quando você sentir que a pessoa está querendo fechar pontas soltas, doar seus pertences, fazer arranjos financeiros ou visitar vários entes queridos de uma só vez, é hora de intervir.
Reconheça os padrões de pensamento suicidas. Normalmente, quem pretende tirar a própria vida apresenta os seguintes padrões: elas remoem pensamentos obsessivamente e não conseguem parar, se sentem extremamente sem esperança, vêem a vida como algo sem significado e, normalmente, descrevem uma sensação de nevoa nos pensamentos que dificulta a concentração
De acordo com os especialistas devemos também prestar atenção a certos mitos sobre suicídio, por exemplo.
- Melhora de humor significa desistência de suicídio
- Não há como impedir
- Não se deve falar de suicídio
- Quem ameaça não faz
- Quem planeja se matar quer se matar
- Quem se suicida é fraco
- Sobreviventes de suicídio estão a salvo
- Suicidas não procuram ajuda
De acordo com os especialistas, conversar com alguém que tenha tendências suicidas pode parecer complicado, mas, para saber o que dizer e como agir, basta ter paciência e escolher o tom certo. Quando alguém estiver exibindo sinais de risco, é fundamental falar de forma carinhosa e sem julgamentos. Escute com paciência, não julgue, não diga que a pessoa está fazendo drama ou exagerando, e nem fale que ela precisa ser mais forte. Não diga que ela deve se sentir com sorte pela vida que tem, e nem a faça se sentir envergonhada ou menor pelos seus pensamentos suicidas. Ao dizer esse tipo de coisa, você vai piorar a situação e fazê-la se sentir ainda mais determinada em tirar a própria vida. Ninguém mergulha nesse sentimento horrível por escolha própria, ninguém quer se sentir assim e ninguém deseja continuar nesseestado.
Por isso, as pessoas precisam compreender e conversar sobre isso!
Fonte: Google