O Instituto de Previdência Municipal de Ubatuba – IPMU abraça diversas campanhas do mês de “setembro” ligadas à promoção da saúde
De janeiro a dezembro, as campanhas de conscientização colorem o calendário da saúde com causas defendidas por entidades e organizações não governamentais.
O calendário colorido da saúde surgiu com o objetivo de conscientizar a população sobre o perigo de algumas doenças e incentivar a prevenção e o tratamento dessas enfermidades. Não existe, porém, um calendário oficial estabelecido sobre a cor de cada mês. O mais importante para que uma cor seja realmente adotada é a divulgação. Ou seja, quanto maior for a divulgação, maior a chance de a cor ficar fixada na mente das pessoas.
Todas essas campanhas mensais servem de alerta tanto para prevenção das doenças, quanto para abertura de debates sobre elas, conscientização e educação do público e troca de experiência entre as pessoas. Ou seja, reflete no cuidado com a saúde no dia-a-dia da população. De um tempo para cá, elas têm se tornado muito importantes, principalmente quando se trata da prevenção. Elas servem para alertar tanto os profissionais de saúde quanto a população.
As cores dos meses na prevenção de doenças. O objetivo é conscientizar sobre temas como câncer, transtornos mentais e doação de órgãos. As diversas campanhas têm por objetivo ampliar o conhecimento das pessoas em geral sobre uma determinada doença, derrubando mitos, desconstruindo preconceitos e auxiliando no diagnóstico precoce. O acesso à informação é uma ferramenta significativa quando se fala em qualquer doença.
Já não é de hoje que o nosso calendário é marcado por inúmeras cores, de janeiro a dezembro, onde os meses são coloridos por tonalidades, buscando, dessa forma, chamar atenção e, com isso, ajudar na conscientização para a importância de cuidarmos da saúde, objetivando, a todo custo, uma melhor qualidade de vida.
Todas essas campanhas, que vão de janeiro a dezembro de cada ano, servem para alertar tanto para a prevenção das doenças como para torná-las mais conhecidas, possibilitando o debate, e a partir daí a possibilidade da conscientização e da educação em torno de cada uma delas, gerando a troca de experiências entre as pessoas. São ações como essas, que circulam através das mídias pelos quatro cantos do país, que fazem a informação chegar a locais onde a doença é pouco conhecida e o seu tratamento ainda é precário ou até inexistente.
Todas as campanhas vêm precedidas de um laço, que tem o poder simbólico de abraçar e, de estimular carinhosamente cada um de nós a entrar nessa luta.
O mês de “setembro” abriga várias campanhas relacionadas à área da Saúde, tais como: valorização da vida (setembro amarelo) e conscientização das doenças cardiovasculares (setembro vermelho). Também no mês de setembro temos a campanha de inclusão social de pessoa com deficiência (setembro verde).
Setembro Verde: inclusão social da pessoa com deficiência
O dia nacional de Luta da Pessoa com deficiência, 21 de setembro, foi instituído por movimentos sociais em 1982, com o objetivo de promover e debater a inclusão social, originando a campanha setembro verde. A cor não é por acaso, o verde significa esperança de dias melhores para o país e para as pessoas com deficiência. A data foi escolhida para coincidir com o Dia da Árvore, representando, por tanto, o nascimento das reivindicações de cidadania e participação em igualdade de condições.
O “Setembro Verde”, campanha que teve início em 2015, foi instituída pela Federação das Apaes do Estado de São Paulo – FEAPAES-SP, e tem como objetivo tornar o mês de setembro referência na luta pelos direitos e inclusão social da pessoa com deficiência.
Contudo, a cor não é por acaso, mas por um significado especial: o verde da esperança de dias melhores para o país e para as pessoas com deficiência.
O mês foi escolhido em razão do Dia Nacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro. O intuito é envolver a população em atividades voltadas para a inclusão social e dar visibilidade a causa da pessoa com deficiência.
A pessoa com deficiência sempre esteve longe dos espaços de fala e decisão. Seja por preconceito, discriminação, estigma, a verdade é que a pessoa com deficiência é tratada por muitos como alguém inferior. É inegável o avanço que tivemos com a aprovação da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. No Brasil a Convenção tem o status de Emenda Constitucional. Em 2015, o Congresso Nacional aprovou a Lei nº 13.146, que institui a Lei Brasileira de Inclusão – LBI (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Mas, ainda que tenhamos avançado, tal avanço não tem se refletido como deveria em relação à inclusão social da pessoa com deficiência. A maioria ainda enfrenta imensa dificuldade no acesso a direitos básicos, como saúde, educação, habitação e trabalho.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cerca de 24% dos brasileiros possuem algum tipo de deficiência. E apesar da importância e da obrigatoriedade legal, a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho formal ainda é pequena, cerca de 1% dessa população.
Setembro Amarelo: luta pela vida
O amarelo do mês nove é direcionado para fortalecer campanhas de prevenção e redução dos casos de suicídio. Setembro Amarelo surgiu em 2015 por meio de três importantes entidades brasileiras: Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Desde então, é realizado anualmente em todo o país com ações em ambientes públicos e privados a fim de mobilizar o máximo de pessoas possível sobre a causa.
O principal objetivo do setembro amarelo é conscientizar a população sobre a prevenção ao suicídio, levando em conta todos os dados e informações significativas do Brasil e do mundo. Dessa forma, geralmente as estratégias adotadas são por meios de ações que contém conversas e diálogos, para que possam falar sobre o tema. Infelizmente, o suicídio ainda não é visto como um problema de saúde pública, mas é!
Para quem ainda não está contextualizado, o suicídio é o ato de tirar a própria vida e essa prática pode ser gerada e motivada por alguns fatores e comportamentos, como por exemplo:
- depressão;
- pensamentos suicidas;
- planos e tentativas de morte;
- entre tantos outros transtornos relacionados a este problema.
Ou seja, suicídio não é frescura e também não é fraqueza. Por isso, essas ações são realizadas, para sensibilizar não só a população, mas também os profissionais que lidam com a saúde mental para tratar sobre esse tema tão importante.
O suicídio pode estar presente na vida de qualquer pessoa, seja por transtornos psicológicos, problemas no trabalho, ou problemas da vida, por isso, é muito importante tratar sobre este assunto.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a cada 40 segundos uma pessoa tira a sua própria vida e, ou seja, são mais de 800 mil pessoas cometendo suicídio por ano. De acordo com o Centro de Valorização da Vida (CVV), relatou que a maioria das pessoas que tentam ou tiram a própria vida possuem um transtorno mental, como por exemplo, esquizofrenia, dependência química, transtorno de bipolaridade e depressão.
No entanto, não se pode afirmar que as pessoas só cometem suicídio por ter um transtorno, pois outros fatores podem levar uma pessoa a tirar a própria vida:
- términos de relacionamentos;
- pessoas com muitas dívidas;
- pessoas que sofrem algum tipo de discriminação;
- insatisfação com o emprego e com a vida;
- entre outros.
Para os especialistas, quando conseguimos entender que o suicídio pode afetar qualquer pessoa a nossa volta, conseguiremos compreender não só a importância do “Setembro Amarelo”, mas também a importância de quebrar barreirar a falar mesmo sobre o assunto. Além disso, conhecendo os sintomas, as causas e possíveis formas de acontecer, o suicídio pode ser evitado. Existem alguns sinais de alerta que podem salvar a vida de quem você ama, de acordo com os especialistas:
- Algumas frases são frequentes: “a vida não vale a pena”, “não vou mais ficar triste porque não vou estar mais aqui”, “você vai sentir minha falta quando eu for” ou “ninguém vai sentir minha falta se eu morrer”, “não aguento a dor, não consigo lidar com isso”, “estou tão sozinho que queria morrer”, “não se preocupe, eu não vou estar por aqui para ver o que vai acontecer”, “não vou te atrapalhar mais”, ou “queria não ter nascido”
- Excesso de raiva ou sentimento de vingança, ansiedade, irritabilidade e sentimentos intensos de culpa ou vergonha. Pessoas com tendência suicida normalmente se sentem um fardo para os outros e acreditam que estão sozinhas mesmo quando estão perto de outras pessoas
- Fique de olho na melhora súbita. Muitas vezes, o maior potencial para o suicídio não é o fundo do poço, mas a súbita sensação de melhora. Isso pode indicar que a pessoa aceitou a decisão de encerrar a própria vida e está aliviada por ter um plano. Então, se uma pessoa depressiva e com grandes tendências suicidas melhorar de uma vez, é melhor tomar providencias imediatas
- Não ignore fatores de risco: morte de um ente querido, perda de emprego, bullying e separações traumáticas podem afetar e intensificar desejos suicidas. Um histórico de abuso físico ou sexual também pode servir de gatilho, assim como tentativas prévias de suicídio
- Perceba mudanças extremas na rotina, repare se a pessoa parou de frequentar, sem motivo aparente, eventos e lugares que sempre gostou de visitar. Quando alguém para de praticar atividades que, até então, lhe davam prazer, é um grande sinal de alerta
- Preste atenção na energia: pessoas depressivas ou suicidas normalmente têm pouca energia para tarefas básicas, têm dificuldade de tomar decisões e, por exemplo, falta de vontade de se relacionar sexualmente
- Procure por ferramentas possíveis para o suicídio. Por exemplo: se a pessoa comprou uma arma ou remédios sem motivo aparente, é hora de pedir ajuda
- Reconheça as emoções suicidas. Elas podem se manifestar em alterações extremas de humor
- Reconheça avisos verbais. Quando alguém começar a falar muito sobre morte, preste atenção
- Reconheça comportamentos irresponsáveis e perigosos como o uso excessivo de drogas (legais ou ilegais), direção imprudente e sexo desprotegido com vários parceiros;
- Reconheça mudanças de comportamento. Quando você sentir que a pessoa está querendo fechar pontas soltas, doar seus pertences, fazer arranjos financeiros ou visitar vários entes queridos de uma só vez, é hora de intervir
- Reconheça os padrões de pensamento suicidas. Normalmente, quem pretende tirar a própria vida apresenta os seguintes padrões: elas remoem pensamentos obsessivamente e não conseguem parar, se sentem extremamente sem esperança, vêem a vida como algo sem significado e, normalmente, descrevem uma sensação de nevoa nos pensamentos que dificulta a concentração
De acordo com os especialistas devemos também prestar atenção a certos mitos sobre suicídio, por exemplo.
- Melhora de humor significa desistência de suicídio
- Não há como impedir
- Não se deve falar de suicídio
- Quem ameaça não faz
- Quem planeja se matar quer se matar
- Quem se suicida é fraco
- Sobreviventes de suicídio estão a salvo
- Suicidas não procuram ajuda
De acordo com os especialistas, conversar com alguém que tenha tendências suicidas pode parecer complicado, mas, para saber o que dizer e como agir, basta ter paciência e escolher o tom certo. Quando alguém estiver exibindo sinais de risco, é fundamental falar de forma carinhosa e sem julgamentos. Escute com paciência, não julgue, não diga que a pessoa está fazendo drama ou exagerando, e nem fale que ela precisa ser mais forte. Não diga que ela deve se sentir com sorte pela vida que tem, e nem a faça se sentir envergonhada ou menor pelos seus pensamentos suicidas. Ao dizer esse tipo de coisa, você vai piorar a situação e fazê-la se sentir ainda mais determinada em tirar a própria vida. Ninguém mergulha nesse sentimento horrível por escolha própria, ninguém quer se sentir assim e ninguém deseja continuar nesse estado.
Por isso, as pessoas precisam compreender e conversar sobre isso!
Setembro Vermelho: cuide do seu coração, neste mês, a prevenção bate mais forte no peito
Concentram-se aqui as campanhas de prevenção, conscientização e tratamento das doenças cardiovasculares, principal causa de morte no mundo. O mês de setembro foi escolhido pois no dia 29 é comemorado o Dia Mundial do Coração, iniciativa criada em 2000 pela Federação Mundial do Coração com apoio das Nações Unidas. Desde então, diversas organizações no Brasil e no mundo realizam ações para lembrar a data.
Mudanças de hábito simples podem evitar muitas das doenças cardíacas, como: parar de fumar, praticar exercícios físicos, evitar o consumo excessivo de álcool e ter uma dieta equilibrada. Prefira escadas a elevadores, durma bem, meça sua pressão e consulte um médico regularmente.
Os nossos hábitos alimentares mudaram muito do tempo dos nossos avós até os dias atuais. Além disso, inserimos novos costumes em nossa rotina, o que tem afetado principalmente o nosso coração. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), as doenças cardiovasculares são responsáveis pelo crescimento do número dos óbitos no mundo, mas que poderiam ser evitados. Por isso, o “Setembro Vermelho” traz à tona esse problema para alertar a população.
Uma alimentação balanceada, com menos açúcar e sal, com exercícios físicos moderados, além de exames regulares podem contribuir para a diminuição dos fatores de risco. Porém, a maioria da população sequer tem conhecimento disso, o que dificulta a prevenção que pode ser feita com a adoção de uma mudança de hábito para ter uma vida mais saudável.
De acordo com os profissionais de saúde, os principais fatores associados às doenças cardiovasculares são:
- Estresse
Colesterol
Drogas e álcool
Diabetes
Gordura abdominal
Hipertensão - Obesidade
TabagismoÉ fundamental aderir bons hábitos de vidadesde cedo para fortalecer o músculo de maneira natural e saudável, evitando ataque cardíaco, infartoe derrame, que podem acontecer em qualquer idade, sendo mais grave em jovens e adultos com consequências mais letais.
Cuidar do nosso coração é simples, basta seguir as recomendações do seu cardiologista e, caso necessite, procure o acompanhamento de um nutricionista para ajudar a fazer uma reeducação alimentar. A saúde do seu coração é muito valiosa e você deve se dedicar ao máximo para que ela esteja bem. O IPMU apoia e incentiva a adoção de práticas saudáveis que garantam seu bem-estar e qualidade de vida.
Fonte:
http://www.hnscpm.org.br/blog/lutas-de-cada-cor-de-setembro
https://cuidardospaisemcasa.com.br/dia-mundial-do-coracao-29-09-7-dicas-para-cuidar-bem-do-seu/
https://sancarlosaude.com.br/setembro-amarelo-verde-e-vermelho/
https://www.fernandazago.com.br/2020/09/setembro-verde-mes-dedicado-dar.html