Reunião Comitê de Investimentos: 17 06 2024

Reunião Comitê de Investimentos: 17 06 2024

Reunião do Comitê de Investimentos do Instituto de Previdência Municipal de Ubatuba – IPMU, realizada aos vinte e três dia do mês de junho de dois mil e vinte e quatro, às dez, na sala de reuniões da sede do IPMU, onde compareceram os membros: Fernando Augusto Matsumoto, Flavio Bellard Gomes, Lucas Gustavo Ferreira Castanho, Marcelo da Cruz Lima e Sirleide da Silva. Participaram também Luiz Alexandre de Oliveira (Controlador Interno) e Wellington Diniz (Gestor de Investimentos). Aberta a reunião, os membros do Comitê de Investimentos passaram a análise do Relatório Financeiro – maio/2024, conforme documentos acostados nos processos IPMU/005/2024, IPMU/015/2024, IPMU/020/2024 e IPMU/092/2024. Análise conjuntural de mercado econômico, mercado financeiro e monitoramento das variáveis macroeconômicas. Avaliação mensal de risco de mercado da carteira de Investimentos. Análise de relatório gerencial de rentabilidade dos fundos de investimentos e acompanhamento da Política Anual de Investimentos. Informações dos acontecimentos políticos e econômicos e seus impactos na carteira de investimentos do IPMU. Visão de curto, médio e longo prazo. Balancete de Receita e Despesa que contém os dados atualizados da previsão e da execução orçamentária. Relatório de Execução Orçamentária com os fluxos de caixa das receitas e despesas para avaliação da situação financeira e orçamentária dos próximos meses. Cenário Econômico. Após um mês de abril bastante tumultuado, o mercado de taxa de juros nos EUA teve um mês de maio bem mais tranquilo, com uma certa acomodação da curva de juros em pata­mares um pouco mais baixos. O comunicado da reunião do Comitê de Política Monetária, ocorrida no primeiro dia do mês, colocou dúvidas sobre a continuidade da convergência da inflação para a meta. O presidente do Fed, Jerome Powell, em coletiva de imprensa após a reunião, afirmou que seria necessário ficar claro que a política monetária não está sendo suficientemente restritiva para que o Fed retomasse o processo de alta dos juros. O mercado celebrou esta sinalização de que a barra para subir os juros é muito alta, o que demonstra a insegurança dos agentes a respeito dos próximos passos do Fed. No mês de maio, alguns indicadores de atividade nos EUA mostraram menor dinamismo e a inflação teve alguma acomodação após o forte início de ano. A maioria dos membros do Fed defende que o momento não é adequado para o início de um ciclo de afrouxamento monetário, uma vez que o mercado de trabalho segue sólido e a inflação de serviços permanece alta. Na Zona do Euro, a atividade dá sinais de reaquecimento, o que deverá ser reforçado pelo início de um ciclo de cortes de juros. Na China, apesar das ações de estímulo do governo, o setor imobiliário permanece em crise. A contínua deterioração do setor coloca limites na recuperação da segunda maior economia do mundo. No Brasil a percepção de deterioração do cenário doméstico persistiu no mês de maio. Além da continuidade das incertezas fiscais, os ruídos em relação à política monetária se elevaram. O Copom, em sua última reunião, seguiu a comunicação feita pelo presidente do colegiado e reduziu o ritmo de afrouxamento da política monetária para 25bps, sem dar sinais sobre sua atuação futura. A atuação foi consistente com a deterioração observada nas expectativas de mercado desde sua reunião anterior e com as projeções do Banco Central. Todos os diretores apontados pelo atual governo votando pela manutenção do ritmo anterior, de 50bps. Essa atuação levanta dúvidas sobre uma maior tolerância a desvios da inflação em relação à meta e contribuiu para uma piora adicional das expectativas para a inflação. Para os analistas, essa deterioração, em um ambiente de crescimento forte da economia, mercado de trabalho pressionado, questionamentos fiscais e juros globais elevados por mais tempo, sugere que o Copom deverá manter a Selic no atual patamar em sua próxima reunião. Mercado Financeiro. A leve melhora do cenário internacional para os juros não foi suficiente para contrapor o mal-estar crescente com as políti­cas monetária e fiscal no Brasil. Com as incertezas em relação às políticas monetária e fiscal, a inflação implícita se elevou em maio, com os prefixados subindo e os cupons das NTNs-B recuando. Com isso, os IMAs-B apresentaram performance superior neste mês. Os cupons das NTNs-B recuaram, refletindo a real consequência do desequilíbrio fiscal e de uma política monetária potencialmente leniente: o aumento da inflação esperada. A parte mais curta da curva de juros subiu mais que a mais longa, em um movimento de desinclinação, A renda fixa dos países desenvolvidos apresentou movimentos mais díspares no mês passado. Nos EUA, observamos uma queda na curva de juros devido a dados mais fracos de atividade econômica. No bloco europeu, o cenário de inflação de serviços elevada e sinais de retomada da atividade econômica pressionaram as taxas. Nos emergentes, o Brasil foi destaque negativo, com as reverberações do dissenso do Copom e fundamentos macroeconômicos sustentando uma postura mais conservadora do Banco Central. A bolsa brasileira acompanhou os seus pares dos mercados emergentes, recuando em contraposição às bolsas das econo­mias desenvolvidas. O Ibovespa caiu maio, na contramão das bolsas americanas que subiram. A migração de recursos de emergentes tem ocorrido principalmente para a China. Mas o mercado que continua atraindo mais investimentos é os EUA, com destaque para os bons resultados nas maiores empresas de tecnologia. O incremento ocorreu principalmente em ações americanas com vantagens em IA. Carteira de Investimentos. A Carteira de Investimentos do IPMU obedece aos limites de aplicações estabelecidos na Política de Investimentos, com composição diversificada. Os investimentos estão diversificados buscando o melhor equilíbrio entre o risco x retorno, diante das grandes variáveis que interferem no retorno dos investimentos, face às mudanças na economia nacional e internacional. Visão de curto, médio e longo prazo para garantir os rendimentos necessários frente aos benefícios concedidos e a conceder. A composição da carteira de investimentos atende aos requisitos previstos em Lei e cumpre a Política Anual de Investimentos – PAI, elaborada pelos membros do Comitê de Investimentos, aprovada pelos membros do Conselho de Administração e ratificada pelos membros do Conselho Fiscal. A carteira de investimentos está segregada entre os segmentos de renda fixa (88,66%), renda variável (3,85%) e alocação no investimento no exterior (7,49%). As proporções demonstram uma carteira conservadora, em linha com o cenário econômico de volatilidade e as obrigações do Instituto. Resultado dos Investimentos. O mês trouxe um resultado positivo para a carteira do IPMU: 1,08% contra uma meta atuarial de 0,88%. No consolidado do ano: meta atuarial de 4,559% e carteira de investimentos de 4,569%. Carteira Consolidada: No encerramento do mês total dos investimentos em R$ 518.015.161,94 (quinhentos e dezoito milhões quinze mil cento e sessenta e um reais e noventa e quatro centavos). Relatório de Risco. Os relatórios apresentados de riscos e correlações dos investimentos, apontam no mês: risco em renda fixa 0,336%; risco na renda variável 3,914% e risco na estratégia investimentos no exterior ficou em 6,18%. Totalizamos a carteira com risco total dos investimentos em 0,449%, permanecendo dentro dos limites impostos pela nossa Política de Investimentos em vigor no ano de 2024. Fundos com cota cota negativa. Os fundos de investimentos classificados no artigo 8º I (BB Retorno total FIC Ações / Caixa FI Ações Small Cap Ativos) e artigo 9º II (Caixa Multigestor Global Equities Investimento no Exterior FIC Multimercado) continuam em situação de cota negativa (relação entre a cota do momento de sua compra pelo IPMU e o seu valor atual). Os membros do Comitê de Investimentos presentes deliberaram pela continuidade do acompanhamento dos fundos que ainda apresentem cotas negativas, visando uma possível mudança no futuro. Na sequência da reunião, os membros do Comitê de Investimentos passaram a análise de credenciamento de gestor, administrador, custodiante, distribuidor e fundos de investimentos. Para análise o Comitê de Investimentos observou a lista exaustiva das instituições que atendem as condições estabelecidas pela Resolução CMN nº 4.963/2021 (inciso I, do § 2º e § 8º, ambos do art. 21 c/c inciso IV do art. 7º da Resolução CMN nº 4.963/2021), considerando informações disponibilizadas pelo Banco Central do Brasil, com relação às instituições financeiras obrigadas a instituir comitê de auditoria e comitê de riscos, e que estão autorizadas pela CVM para administrar carteiras de valores mobiliários ou aptas a emitir ativos de renda fixa com obrigação e coobrigação de instituição bancária autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Destaca-se que o administrador ou gestor de fundo de investimentos, registrados na Comissão de Valores Mobiliários como Administraor de Carteiras, pode estar no escopo de atuação do comitê de auditoria e riscos constitutídos obrigatoriamente por outra instituição autorizada integrante do mesmo conglomerado prudencial, em cumprimento ao inciso I, do §2º e §8º do art. 21 da Resolução CMN nº 4.963/2021. Processo IPMU/074/2022: XP GESTÃO DE RECURSOS LTDA (CNPJ 07.625.200/0001-89), XP ALLOCATION ASSET MANAGEMENT (CNPJ 37.918.829/0001-88), XP GESTÃO DE RECURSOS LTDA (CNPJ 07.625.200/0001-89), XP VISTA ASSET MANAGEMENT LTDA (CNPJ 16.789.525/0001-98), conforme relatório do Gestor de Recurso e do Controlador Interno, o credenciamento das instituições passará por revisão após o encerramento do mês de junho/2024. Após detida e minuciosa análise, foi constatado que as empresas possuem estrutura adequada, atividades devidamente segregadas, corpo técnico qualificado e experiente. As instituições possuem histórico de atuação no mercado, com fundos em funcionamento normal. Os documentos oferecidos pelas entidades atestam a regularidade fiscal, trabalhista e previdenciária. O volume de ativos sob gestão da ANBIMA, se refere ao total gerido pelo conglomerado. Importante ressaltar que não encontramos fatos ou notícias que desaconselhem um relacionamento seguro com o grupo XP. Análise do questionário Due Diligence padrão ANBIMA. Subsidiariamente às exigências da Resolução CMN 4963/2021, diligências junto aos tribunais estaduais e regionais federais, do trabalho, além do portal da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Tais diligências atestaram a boa atuação do grupo no mercado financeiro. Porém as instituições listadas não constam no CONGLOMERADO PRUDENCIAL do grupo XP, liderado pela instituição Banco XP S/A (Conglomerado prudencial código 82475), conforme pesquisa realizada em 13/06/2024, no site do BACEN https://www.bcb.gov.br/meubc/encontreinstituicao). Assim, ficou afastada conformidade com o disposto no artigo 21, § 2° e 8° da resolução CMN 4.963/2021. Os membros do Comitê de Investimentos iniciaram a análise One Page RPPS, que contém o detalhamento da grade de fundos disponíveis enquadrados na Resolução 4.963/2021. Ato contínuo os membros do Comitê de Investimentos continuaram com análise de fundos de investimentos, conforme Processo IPMU/048/2024: 1-) Marsche Investimentos: Vokin GBV Aconcágua FIC FIA (CNPJ 13.692.947/0001-25), Vokin GBV Aconcágua 30 FIC FIA (CNPJ 42.847.942/0001-50), Inter Corporate FI Renda Fixa Crédito Privado (CNPJ 36.443.522/0001-05), Inter Instituições Financeiras FIRF CP (CNPJ 49.995.610/0001-61), 2-) Franklin Templeton: Franklin ClearBridge Ações EUA Growth FIA IE (CNPJ 28.320.600/0001-56). Para finalizar a reunião os membros do Comitê de Investimentos passaram para as Deliberações de Investimentos. Os gestores dos RPPS já se movimentam para “sair da zona de conforto” e buscar retornos para seus investimentos em ativos de maior risco a partir de 2024. Mesmo com a redução ao longo dos últimos meses, a Selic continua a oferecer uma taxa atrativa frente às metas das entidades. Mas até quando é o grande questionamento dos analistas financeiros. Com percentuais significativos em ativos alocados em renda fixa, os RPPSs começam a acompanhar outros mercados mais de perto (crédito privado, fundos de investimento imobiliário, ações, investimentos no exterior). Acompanham os diversos tipos de ativos, para ouvir o mercado e fazer um melhor balanceamento da carteira com outras classes, mesmo que o movimento não aconteça todo em 2024. O momento é de cautela e análise porque o cenário é positivo para o mercado de capitais, mas o juro ainda é atrativo. Com base nos dados técnicos, análises financeiras, dados atualizados dos fluxos de caixas e dos investimentos com visão de curto, médio e longo prazo, foram aprovadas por unanimidade as estratégias de investimentos na busca de reduzir a volatilidade da Carteira de Investimento. Considerando o Relatório Mensal de Investimentos, acompanhamento das rentabilidades e dos riscos das diversas modalidades de operações realizadas, aderência das alocações dos recursos e processos decisórios de investimentos à Política de Investimentos, o Comitê de Investimentos do IPMU opina favoravelmente à manutenção da estratégia de investimentos, tendo em vista a adequabilidade das rentabilidades e dos riscos à Política de Investimentos. O cenário econômico ainda volátil demonstra a necessidade de manter os investimentos com baixa volatilidade. Com a taxa Selic em 10,50% a.a, com projeções de chegar a 10,25% no final do ano e a alta volatilidade do mercado atual, os fundos DI dispara em captação. 1-) Banco Santander 150-8: Fundo Santander Renda Fixa Títulos Públicos, utilizar para cobertura da folha de pagamento dos aposentados e pensionistas. 2) Investimentos no Exterior: acompanhamento do mercado e da carteira de investimentos, movimentos de resgate neste momento poderão realizar contabilmente o prejuízo. 3) Renda Variável: acompanhamento do mercado e da carteira de investimentos, movimentos de resgate neste momento poderão realizar contabilmente o prejuízo. 4) Fundos Referenciado DI: aplicação das receitas com compensação previdenciária, contribuição previdenciária e juros semestrais da carteira de títulos públicos. 5) Carteira de Investimentos: análise dos fundos de investimentos indicados pela Caixa Econômica Federal, Santander, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, BTG Pactual e XP Investimentos. 6) Manutenção das demais aplicações até a próxima reunião. Para finalizar a reunião os membros do Comitê de Investimentos são informados da Certificação Institucional: prazo de realização da prova de certificação do responsável pela gestão dos recursos e membros do comitê de investimentos – nível intermediário.

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