Reunião do Comitê de Investimentos do Instituto de Previdência Municipal de Ubatuba – IPMU, realizada aos vinte e um dias do mês de março de dois mil e vinte e dois, às nove horas, na sala de reuniões da sede do IPMU. Participantes: Comitê de Investimentos (Fernando Augusto Matsumoto, Flavio Bellard Gomes, Lucas Gustavo Ferreira Castanho, Marcelo da Cruz Lima e Sirleide da Silva) e Controlador Interno (Wellington Diniz). Aberta a reunião, os membros do Comitê de Investimentos, passaram a analise do Relatório Financeiro referente ao mês de fevereiro/2022, conforme processo IPMU/047/2022. Análise conjuntural de mercado econômico, mercado financeiro e monitoramento das variáveis macroeconômicas. Avaliação mensal de risco de mercado da carteira de Investimentos. Análise de relatório de rentabilidade dos fundos de investimentos e acompanhamento da Política Anual de Investimentos – 2022. Informações dos acontecimentos políticos e econômicos e seus impactos na carteira de investimentos do IPMU. Visão de curto, médio e longo prazo. Balancete de Receita e Despesa que contém os dados atualizados da previsão e da execução orçamentária. Relatório de Execução Orçamentária com os fluxos de caixa das receitas e despesas para avaliação da situação financeira e orçamentária. Cenário Macroeconômico. Fevereiro foi um mês de grande volatilidade nos mercados globais em meio à escalada das tensões entre a Rússia/ Ucrânia e inúmeros eventos relacionados à política monetária ao redor do mundo. Quanto ao conflito, o Presidente russo tomou a decisão de invadir a Ucrânia e, em reposta, os países da OTAN e diversos outros países mais alinhados ao Ocidente decidiram implementar sanções econômicas contra a Rússia. Quanto à política monetária, os principais bancos centrais globais continuaram na trajetória de remover acomodação ao longo do mês. Em sua reunião de política monetária, o Banco Central Europeu reconheceu as pressões inflacionárias no bloco e reiterou a intenção de seguir o plano de gradual retirada de estímulo divulgado na reunião de dezembro. O aumento das tensões no continente europeu e a maior incerteza dos impactos macroeconômicos da crise, alguns membros do Banco Central Europeu indicaram que é preciso ter maior cautela na retirada dos estímulos monetários acomodação. Os ativos brasileiros continuaram com performances positivas no mês, com destaque para o Real e a Bolsa. No cenário econômico, os dados de inflação voltaram a surpreender o mercado, mantendo o diagnóstico de um ambiente muito inflacionário com os núcleos rodando em níveis que não são compatíveis com o cumprimento da meta. O Copom decidiu elevar os juros em 1.5 p.p., para 10.75%, em linha com o esperado. No Brasil, o fluxo positivo continua forte e tem ajudado a sustentar o preço dos ativos locais. As fortes sanções econômicas impostas à economia russa adicionam dúvidas sobre uma possível recessão na Europa. A busca por juros altos e países exportadores de commodities devem continuar atraindo fluxo para os ativos de risco, mas a inflação alta e juros mais elevados podem afetar o cenário para atividade. Carteira de Investimentos. A Carteira de Investimentos apresentou pequena valorização de 0,01% no mês, impacto direto dos fundos de investimentos em renda variável, bolsa local e exterior, que fecharam o mês com forte desvalorização. Apesar da boa performance de alguns ativos ligados ao Ibovespa, os fundos de investimentos no exterior pesaram bastante nos resultados da carteira, fechando em forte baixa devido à queda dos principais índices no exterior, devido aos temores a invasão da Ucrânia pela Rússia e pelo alto fluxo de capital estrangeiro na bolsa brasileira, que levou a derrubada da cotação do dólar frente ao real. A renda fixa fechou o mês no positivo. O saldo das aplicações financeiras encerrou o período com valorização de R$ 79.579,05 (setenta e nove mil quinhentos e setenta e nove reais e cinco centavos) e patrimônio de R$ 419.121.077,83 (quatrocentos e dezenove milhões cento e vinte e um mil setenta e sete reais e oitenta e três centavos). Composição dos Investimentos. A Carteira de Investimentos do IPMU no encerramento do mês está segregada entre os segmentos de renda fixa (82,00%), renda variável (9,62%), alocação no exterior (7,59%) e fundo estruturado/multimercado (0,79%), dentro dos limites permitidos pela legislação em vigor (Resolução CMN 4963/2021) e compatível com os requisitos estabelecidos na Política de Investimentos – PAI 2022. Relatório de Risco. O controle desse risco da carteira de investimentos são realizados por meio do acompanhamento dos relatórios de investimentos e a mudança de posição se fará de forma a minimizar perdas de rentabilidade. Na análise do relatório de risco do mês, a demonstração apresentou o seguinte resultado: Renda Fixa (0,710%/VaR), Fundos de Renda Variável (6,51%/VaR), Fundos no Exterior (11,37%/VaR), Multimercado (123%/VaR) e Total da Carteira (1,25%/VaR). As planilhas de correlação, junto aos riscos apresentados por segmentos e o risco total da carteira do IPMU, estão em conformidade a nossa Política de Investimentos 2022. Meta Atuarial. O retorno acumulado na carteira de investimentos do IPMU em 2020 não superou a meta atuarial devido as conjunturas dos mercados financeiros que foram fortemente afetados pela pandemia do Covid 19. Esta situação permaneceu em 2021 e continua em 2022. A rentabilidade nominal da “carteira de investimentos” no mês de jan/22 foi de -0,41%, e no mês de fev/22 foi de 0,01%, percentuais muito inferiores em relação a “meta atuarial” (INPC + 4,85% a.a) do período, em jan/22 foi de 1,07%, em fev/22 foi de 1,36% e no acumulado de 2,44% refletindo a grande volatilidade do mercado financeiro, em especial nos investimentos no exterior. Liquidez. Com relação à liquidez verifica-se que 81,08% das aplicações financeiras tem liquidez de até 30 dias no mês de janeiro/2022, com as alterações da carteira de investimentos realizadas no mês de fevereiro/2021, 51,07% das aplicações tem liquidez de até 30 dias. Enquadramento. Os recursos do IPMU estão corretamente distribuídos conforme os artigos da Resolução 4.963/2022. Os investimentos também estão distribuídos em atendimento aos limites estabelecidos na Política Anual de Investimentos. Deliberação do Comitê de Investimentos. Com base nos dados técnicos, análises financeiras, dados atualizados dos fluxos de caixas e dos investimentos com visão de curto, médio e longo prazo, propostas de investimentos e desinvestimentos foram aprovadas por unanimidade as estratégias de investimentos para alteração pontual da carteira de investimentos, na busca de reduzir a volatilidade da Carteira de Investimento nos fundos de Renda Fixa de curto prazo. 1) Banco do Brasil: manutenção das aplicações financeiras. 2) Bradesco: credenciamento de fundos de investimentos com benchmark CDI para migração total das aplicações no fundo investimentos Bradesco FIC Renda Fixa Alocação Dinâmica. 3) Itaú: análise os fundos de renda fixa para possível migração das aplicações financeiras no fundo de investimentos Itaú Institucional Alocação Dinâmica. 4) Caixa Econômica Federal: análise de fundos com benchmark CDI/ IDKA 2 e estudo para resgate total dos fundos de investimentos Caixa FI Ações Infraestrutura e Caixa Brasil IMA-B 5+. 5) Banco Santander: manutenção das aplicações e para cobertura da folha de pagamento, realizar resgate do fundo de investimentos do Santander Renda Fixa Referenciado DI Institucional Premium FIC. 6) Investimentos no Exterior: acompanhamento do mercado e da carteira de investimentos. 7) Renda Variável: acompanhamento do mercado e da carteira de investimentos.